DAMASCO (Reuters) - Qualquer intervenção estrangeira na Síria seria um ato de agressão, a menos que seja aprovada pelo governo sírio, disse um ministro do país nesta quinta-feira, depois de os Estados Unidos anunciarem estar preparados para atacar os militantes do grupo Estado Islâmico na Síria.
A Síria tem alertado repetidamente que qualquer ação em seu território precisa de sua aprovação e vem dizendo que está disposta a trabalhar com qualquer país para enfrentar os combatentes do grupo Estado islâmico, os quais capturaram grandes áreas na Síria e no vizinho Iraque.
"Qualquer ação de qualquer tipo sem a aprovação do governo sírio é uma agressão contra a Síria", declarou Ali Haidar, ministro de Assuntos de Reconciliação Nacional, em Damasco.
"É preciso haver cooperação com a Síria e coordenação com a Síria, e deve haver uma aprovação síria de qualquer ação, seja militar ou não."
Os países estrangeiros poderiam usar o Estado Islâmico simplesmente como um pretexto para atacar a Síria, afirmou Haidar aos jornalistas antes de uma reunião com o novo mediador internacional de paz, Staffan de Mistura.
Os EUA e seus aliados ocidentais têm apoiado a insurgência contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, e descartaram a possibilidade de cooperar com ele para combater o Estado islâmico, que pretende criar um califado que vai além das fronteiras atuais.