PEQUIM (Reuters) - As importações chinesas de soja brasileira caíram em julho em relação a um ano atrás, enquanto os embarques dos Estados Unidos aumentaram, mostraram dados alfandegários divulgados neste sábado, já que os preços altos reduziram a demanda por cargas sul-americanas.
A China, maior compradora de soja do mundo, importou 6,97 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em julho, ante 7,88 milhões de toneladas um ano antes, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas.
As importações totais no mês passado caíram 9% em relação ao ano anterior, para 7,88 milhões de toneladas, o menor número para julho desde 2016, já que os altos preços globais e a fraca demanda reduziram o apetite pela oleaginosa, mostraram dados alfandegários anteriormente.
As chegadas de soja dos EUA em julho atingiram 377.642 toneladas, acima das 42.277 toneladas no mesmo mês do ano passado, segundo dados alfandegários.
As importações nesta época são tipicamente dominadas por grãos de origem brasileira, mas o mau tempo elevou os preços da oleaginosa no país sul-americano neste ano em um momento de baixa demanda na China.
A demanda por farelo de soja do setor de ração ficou sob pressão depois que os suinocultores sofreram grandes perdas no início deste ano. A produção industrial de ração caiu quase 7% em julho em relação a um ano atrás, de acordo com dados da indústria.
Os processadores no principal centro da indústria, Rizhao, estão perdendo cerca de 610 iuanes (89,84 dólares) por cada tonelada de soja processada, e as margens de esmagamento estão negativas desde meados de abril.
Nos primeiros sete meses do ano, a China trouxe 34,68 milhões de toneladas de soja brasileira, ante 34,01 milhões de toneladas no mesmo período de 2021.
As importações do produto dos Estados Unidos de janeiro a julho foram de 17,92 milhões de toneladas, ante 21,61 milhões de toneladas no ano anterior.
(Por Dominique Patton)