Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As importações de diesel do Brasil cresceram 63,6 por cento em 2017 ante o ano anterior para um recorde desde pelo menos os anos 2000, em um ano marcado pela perda de participação de mercado da Petrobras (SA:PETR4), apontaram dados oficiais publicados nesta quarta-feira.
As compras externas do combustível fóssil --que é o mais consumido no Brasil-- somaram aproximadamente 81,486 milhões de barris, segundo documento no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As importações de gasolina A (antes da adição de etanol), no ano passado, por sua vez, cresceram 53,4 por cento ante 2016, para cerca de 28,232 milhões de barris, também uma máxima desde pelo menos os anos 2000, mostraram os dados da agência reguladora.
O movimento ocorre após a Petrobras, que tem quase 100 por cento da capacidade de refino do Brasil, abrir espaço para a concorrência desde que adotou uma política de preços que segue a lógica do mercado internacional, em outubro de 2016, em busca de rentabilidade.
O mercado ganhou a adesão de novos importadores, de todos os portes, reduzindo as vendas da Petrobras e o uso do produto refinado pela estatal.
As importações de todos os derivados de petróleo cresceram em 2017 26,1 por cento ante o ano anterior, para 224,719 milhões de barris, também uma máxima desde pelo menos os anos 2000, segundo os dados da ANP.
(Por Marta Nogueira)