O governo do Rio Grande do Sul vetou, por meio de decreto, a utilização de benefícios fiscais por empresas que incorporam leite em pó ou queijo importados em seus processos industriais. A medida, válida a partir de 2025, foi assinada pelo governador em exercício, Gabriel Souza, e anunciada em ato realizado na quinta-feira, 18, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, conforme nota do governo gaúcho.
A medida também se aplica a produtos de fora do País adquiridos dentro do mercado brasileiro. O objetivo é incentivar o uso de leite e queijo produzidos internamente, o que fortalece a indústria local, os produtores rurais e as cooperativas gaúchas. O decreto será publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do Rio Grande do Sul.
Associações destacaram que a medida protege os produtores gaúchos da concorrência com produtos estrangeiros, principalmente aqueles provenientes de países do Mercosul. "Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul", afirmou, em nota, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella.
"O produtor se adaptou, investiu em sanidade e qualidade. E é esse produtor que investiu, que entrega o seu leite, que hoje está apenando, com dificuldade. E nós, se queremos ter a competitividade, temos que ter as mesmas regras. Portanto, aqui está o governador ajudando-nos a aliviar um pouquinho essa injustiça, nessas regras e tornando-nos um pouco mais competitivos", observou, também em nota, o presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang.