Por Emily Stephenson
WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, propôs nesta terça-feira requerer que 8 dos maiores bancos do país tenham um colchão de capital extra e disse que eles vão precisar ainda mais capital próprio se dependerem muito de financiamento de curto prazo.
A maioria dos bancos, incluindo JPMorgan e Goldman Sachs, teria exigência maior de capital sob a proposta do Fed do que sob regra semelhante dos reguladores globais, disseram autoridades.
Quase todos os oito bancos já aumentaram capital o suficiente para atender aos requisitos propostos, disse o Fed.
Reguladores querem que os maiores bancos dos EUA, aqueles cuja falência poderia ameaçar o mercado financeiro, dependam mais de capital próprio e menos de empréstimos para financiar suas atividades. As autoridades também querem desencorajar os bancos a confiar em formas mais arriscadas de dívida.
Os requisitos são parte de um acordo global conhecido como Basileia III para tornar os bancos mais seguros após a crise financeira de 2007-09. Reguladores definiram novas medidas de capital, incluindo sobretaxas de 1 e 3,5 por cento dos ativos ponderados por risco que se aplicam apenas aos maiores bancos.
As taxas variam de acordo com os bancos tamanho, complexidade e outros fatores de risco.
Autoridades do Fed estimaram que bancos norte-americanos teriam de enfrentar uma sobretaxa entre 1 e 4,5 por cento dos ativos ponderados pelo risco.
O Fed está implementando a sobretaxa para os bancos dos EUA, com algumas adaptações. Segundo a proposta de terça-feira, os oito bancos irão calcular suas sobretaxas com base no método da Basileia, assim como uma nota separada que pesa sua dependência de financiamento de curto prazo.
Diversos outros países, incluindo Suíça e Suécia, também impuseram sobretaxas superiores ao requisito da Basileia.
As autoridades do Fed não revelaram os montantes exatos da sobretaxa, mas disseram que os bancos que dependem fortemente de financiamento de curto prazo precisarão de maiores colchões. Os bancos de investimento, como Goldman Sachs e Morgan Stanley, costumam usar essas fontes de financiamento.