Por Nadine Awadalla e Maha El Dahan
DUBAI (Reuters) - Os cortes nas metas de produção de petróleo acordados pelos produtores da Opep+ deixarão mais oferta para aproveitar no caso de qualquer crise, disse o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, à TV Al Arabiya nesta sexta-feira.
A Opep+, que inclui os 13 membros da Opep e 10 aliados liderados pela Rússia, concordou na quarta-feira em reduzir sua meta de produção em 2 milhões de barris por dia.
A Arábia Saudita, líder de fato da Opep, disse que a medida é necessária para responder ao aumento das taxas de juros no Ocidente e a uma economia global mais fraca.
A decisão foi criticada pelos Estados Unidos, onde a Casa Branca disse que era um sinal de que o grupo estava se alinhando com a Rússia.
"Esta não foi uma decisão de um país contra outro, e quero ser claro ao dizer isso, e não é uma decisão de dois ou três países contra um grupo de outros países", disse Ghais.
"Há fortes indicadores de que há uma grande possibilidade de que a recessão aconteça, decidimos nesta reunião ser preventivos."
As sanções da União Europeia sobre petróleo e derivados russos também devem entrar em vigor em dezembro e fevereiro, respectivamente.
Questionado sobre as sanções e uma proposta da União Europeia para limitar o preço do petróleo russo, Ghais, da Opep, disse que não poderia comentar.
"A verdade é que a forma dessas sanções propostas não é muito clara, e como elas serão implementadas também não é clara, então não podemos comentar".
Ghais também disse que a Opep + não visa preços: "Não estamos visando um preço, estamos visando um equilíbrio entre oferta e demanda".
(Por Nadine Awadalla e Maha El Dahan)