CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago subiram 5,2% nesta quarta-feira, depois que um relatório do governo mostrou que grande parte da safra dos EUA está sob estresse devido às condições de seca, à medida que a cultura se aproxima das principais fases de desenvolvimento, disseram traders.
O contrato dezembro do milho fechou com ganho de 31,25 centavos, a 6,2875 dólares por bushel, depois de atingir seu nível mais alto desde 1º de novembro.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou nesta semana que as classificações de bom a excelente para a safra de milho dos EUA caíram para 55% na semana encerrada em 18 de junho, 6 pontos percentuais a menos do que na semana anterior. Analistas esperavam 58%.
Já os contratos futuros de soja em Chicago subiram 2,6% nesta quarta-feira, com o mercado ganhando sustentação com o relatório do governo que mostrou a safra pior do que o esperado após um período de tempo seco.
O USDA disse que as classificações de bom a excelente para os EUA a soja caíram para 54% na semana encerrada em 18 de junho, 5 pontos percentuais abaixo da semana anterior. Analistas esperavam 57%.
O contrato mais ativo da soja, saltou 34,25 centavos, a 13,77 dólares o bushel, após marcar um pico de 13,78 dólares, maior nível desde 8 de março.
Os contratos futuros do óleo de soja caíram acentuadamente, com o mercado travando o limite de negociação de 4 centavos de dólar por libra durante a maior parte da sessão. Segundo operadores, esse mercado reagiu aos volumes de mistura de biocombustíveis da Agência de Proteção Ambiental para os próximos três anos, que a indústria de biocombustíveis criticou por não serem altos o suficiente.
Os contratos futuros de farelo de soja tiveram alta em meio a negociações de "spreads" com o mercado de óleo de soja.
Já o trigo teve uma máxima de quatro meses em meio a preocupações sobre uma lentidão na colheita dos EUA e déficit de oferta no mundo, disseram traders.
O cereal fechou em alta de 39,50 centavos, a 7,4825 dólares por bushel, logo abaixo do pico da sessão de 7,4875, o maior nível desde 24 de fevereiro.
(Reportagem de Mark Weinraub)