BERLIM (Reuters) - O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse nesta terça-feira que ninguém pode presumir que a Rússia não atacará outros países dada a violação do direito internacional na Ucrânia e que a Alemanha apoiará a Finlândia e a Suécia se elas decidirem se juntar à Otan.
A invasão da Ucrânia pela Rússia quebrou a ordem pós-Segunda Guerra Mundial e está forçando a Europa a reforçar sua estratégia de defesa, afirmou Scholz em declaração à mídia ao lado das primeiras-ministras da Suécia e Finlândia Magdalena Andersson e Sanna Marin.
As duas líderes estiveram se juntaram ao gabinete alemão para o início de seu retiro de dois dias em Schloss Meseberg, ao norte da capital, para discutir a situação de segurança da Europa.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, que descreve sua ação como "operação militar especial", a Finlândia e a Suécia consideram se candidatar à aliança militar ocidental Otan, o que marcaria uma grande mudança de política para a região nórdica.
"Ninguém pode presumir que o presidente e o governo russos não violarão em outras ocasiões a lei internacional com violência", disse Scholz.
Em uma entrevista separada à revista Stern, Scholz afirmou que a política do presidente russo, Vladimir Putin, é imperialista e que Putin considera os países vizinhos como quintal da Rússia.
"Ele quer expandir seu território e empurrar fronteiras com violência", disse. "Ele está tentando desesperadamente restabelecer a antiga importância da Rússia em um mundo que mudou."
(Reportagem de Sarah Marsh, Miranda Murray e Madeline Chambers em Berlim, Essi Lehto em Helsinque e Simon Johnson em Estocolmo)