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Navio de grãos da Ucrânia zarpa de Odessa: "alívio para o mundo"

Publicado 01.08.2022, 07:37
Atualizado 01.08.2022, 09:15
© Reuters. Cargueiro com bandeira de Serra Leoa e levando grãos ucranianos parte do porto de Odessa, na Ucrânia
01/08/2022 Alexander Kubrakov/Ministério da Infraestrutura da Ucrânia/Divulgaçãovia REUTERS

Por Natalia Zinets

KIEV (Reuters) - Um navio carregando grãos ucranianos deixou o porto de Odessa em direção ao Líbano nesta segunda-feira, no primeiro carregamento de grãos ucranianos a zarpar do porto em cinco meses como parte de um acordo para desbloquear os portos do Mar Negro, disseram autoridades da Ucrânia e da Turquia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia chamou de um "dia de alívio para o mundo", especialmente para os países ameaçados pela escassez de alimentos e pela fome por causa da interrupção nos embarques.

O embarque foi possível depois que a Turquia e a Organização das Nações Unidas (ONU) intermediaram um acordo de exportação de grãos e fertilizantes entre a Rússia e a Ucrânia no mês passado --um raro avanço diplomático em um conflito que está avançando sem solução à vista.

"O primeiro navio de grãos desde a #AgressãoRussa deixou o porto. Graças ao apoio de todos os nossos países parceiros e da ONU, conseguimos implementar plenamente o acordo assinado em Istambul", escreveu no Twitter o ministro da Infraestrutura da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov. "Hoje a Ucrânia, juntamente com seus parceiros, dá mais um passo para evitar a fome mundial", acrescentou.

O navio Razoni, com bandeira de Serra Leoa, seguirá para o Líbano depois de transitar pelo Estreito de Bósforo.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro levou a uma crise mundial de alimentos e energia, e a ONU alertou para o agravamento da fome.

Rússia e Ucrânia respondem por quase um terço das exportações globais de trigo. Mas as sanções ocidentais à Rússia e os combates ao longo da costa leste da Ucrânia impediam que os navios de grãos deixassem os portos com segurança.

O acordo visa permitir a passagem segura para embarques de grãos dentro e fora de Odessa, Chornomorsk e Pivdennyi.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse no Twitter: "Dia de alívio para o mundo, especialmente para nossos amigos no Oriente Médio, Ásia e África, já que o primeiro grão ucraniano deixa Odessa após meses de bloqueio russo".

Moscou nega a responsabilidade pela crise alimentar, culpando as sanções ocidentais pela desaceleração das exportações e a Ucrânia por colocar minas nas proximidades de seus portos. O Kremlin classificou a saída de Razoni como uma notícia "muito positiva".

O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, disse que o navio ancoraria em Istambul na tarde de terça-feira e seria inspecionado por uma equipe conjunta de representantes russos, ucranianos, turcos e das Nações Unidas.

"Isso continuará enquanto não surgirem problemas", afirmou Akar.

Autoridades presidenciais ucranianas disseram que 17 navios estão atracados em portos do Mar Negro com quase 600.000 toneladas de carga, principalmente grãos. Mais navios sairiam, segundo Kubrakov.

Um engenheiro júnior do navio, Abdullah Jendi, disse que toda a tripulação estava feliz com a saída após estadia prolongada em Odessa. Ele, que é sírio, não vê sua família há mais de um ano.

"É uma sensação indescritível voltar ao meu país natal depois de sofrer com o cerco e os perigos que estávamos enfrentando devido ao bombardeio", disse ele à Reuters. "O medo era grande de saber que a qualquer momento algo poderia acontecer conosco por causa dos ataques aéreos."

© Reuters. Cargueiro com bandeira de Serra Leoa e levando grãos ucranianos parte do porto de Odessa, na Ucrânia
01/08/2022 Alexander Kubrakov/Ministério da Infraestrutura da Ucrânia/Divulgaçãovia REUTERS

Sobre a viagem que tem pela frente, afirmou: "Tenho medo do fato de haver minas navais. Precisamos de cerca de duas a três horas para sair das águas regionais. Esperamos que nada aconteça e que não cometamos nenhum erro".

A embaixada dos Estados Unidos em Kiev saudou a retomada do transporte, dizendo: "O mundo estará observando a implementação contínua deste acordo para alimentar as pessoas em todo o mundo com milhões de toneladas de grãos ucranianos travados".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esperar que seja o primeiro de muitos carregamentos desse tipo.

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