TRIPOLI (Reuters) - Um navio que o governo oriental da Líbia estava usando para tentar exportar óleo a revelia da administração ocidental em Tripoli voltou ao país neste sábado, depois de entrar na lista negra das Nações Unidas, disse a empresa estatal de óleo.
O governo paralelo oriental esperava vender a carga de 650 mil barris, mas a medida das Nações Unidas o impede de entrar em qualquer porto.
Dois governos competidores, um em Tripoli e um no leste, apoiado por facções armadas, têm disputado o controle do Estado norte-africano da Opep desde 2014.
A administração oriental criou sua própria Corporação Nacional de Óleo, em paralelo à NOC (sigla em inglês) baseada em Tripoli.
Um governo de unidade apoiado pela ONU, designado para substituir as administrações rivais, chegou a Tripoli no último mês e está tentando afirmar sua autoridade sobre o país.
Potências ocidentais temem qualquer tentativa da NOC de exportar petróleo independentemente enfraqueceria o governo de Tripoli e dividiria ainda mais o país.
"Este episódio é um aviso claro para todos os donos de navios e empresas de comércio de que o óleo exportado da Líbia por qualquer outra entidade que não seja a Corporação Nacional de Óleo da Líbia é ilegal e será parado", disse o presidente da NOC, Mustafa Sanalla, em um comunicado.