ZURIQUE (Reuters) - O comitê de ética da Fifa multou e advertiu nesta sexta-feira o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel María Villar, por sua conduta em relação às investigações sobre a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
O comitê não entrou em detalhes sobre sua conduta nem sobre nenhum aspecto particular que levou à multa.
Villar disse, em um comunicado emitido pela RFEF, que está feliz por seu nome ter sido eximido de acusações mais sérias por não cooperar, mas negou a "falta de decoro".
A Fifa outorgou a organização dos dois próximos Mundiais à Rússia e ao Catar, respectivamente, em 2010, após a apresentação de várias candidaturas, o que agora está sendo investigado pela procuradoria-geral da Suíça, sede da Fifa.
Abalada por uma série de escândalos nos últimos anos, a entidade mergulhou no caos em maio, quando os Estados Unidos acusaram 14 altos dirigentes seus por corrupção, e seu presidente, Joseph Blatter, foi suspenso durante 90 dias à espera de uma investigação ética.
Villar, ex-jogador que dedicou a maior parte de sua carreira ao Atlético de Bilbao, é presidente da RFEF desde 1988 e membro executivo da Fifa desde 1998.
O comitê de ética declarou em um comunicado que o havia advertido e multado em 25 mil francos suíços por ele "não ter se comportado de acordo com as normas de conduta aplicáveis aos altos cargos futebolísticos no contexto das investigações".
(Por Michael Shields)