Rio, 2 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reconheceu que o papel do Banco Central tem sido relevante para a liberação de crédito para as cooperativas, um setor da economia que, segundo ele, não tem recebido a atenção que merece. "Nunca pensei que ia elogiar o Banco Central", brincou Mercadante, arrancando a risada da plateia que lotou o auditório do lançamento de linhas de crédito para o setor agropecuário, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
Junto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ele foi um dos que mais reclamou das taxas de juros mantidas em patamares elevados pelo BC.
Presente no evento, o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, ressaltou a importância que a autoridade monetária dá às cooperativas com quem desenvolve uma relação de mais de 30 anos.
"É um segmento que no início dos anos 90 tinha certa fragilidade, e fizemos um trabalho de muita cooperação. Aos poucos o setor se fortaleceu e ganhou importância", disse Damaso, que aproveitou a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, no evento, para pedir a inclusão das refinarias no seguro rural.
"O Banco Central é o gestor do Proagro, e se entrar no seguro se estender (às cooperativas) por conta de mudanças climáticas e todos os impactos, pode ser uma mudança radical para o seguro rural", disse Damaso.