LONDRES (Reuters) - A Opep e aliados se reúnem nesta segunda-feira para debater qual deve ser a produção de petróleo, desde que as interrupções no fornecimento e a recuperação da demanda após a pandemia da Covid-19 elevarem o preço para mais de 80 dólares o barril.
A alta do preço do petróleo, o maior valor nos últimos três anos, foi exacerbada por um aumento ainda maior nos preços do gás, que dispararam 300% e chegaram a ser vendidos perto do equivalente a 200 dólares o barril devido à escassez de abastecimento e baixa produção de outros combustíveis.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, e seus aliados liderados pela Rússia, grupo conhecido como Opep+, concordou em julho em elevar a produção em 400 mil barris por dia por mês até pelo menos abril de 2022 para repor gradualmente 5,8 milhões de barris por dia dos cortes existentes.
Quatro fontes da Opep+ disseram à Reuters na semana passada que os países produtores consideravam aumentar a produção mais do que previa o acordo, mas nenhuma delas deu detalhes sobre quanto mais ou quando a oferta aumentaria.
Novembro é o mês mais próximo em que um aumento pode vir, já que a última reunião da Opep+ decidiu volumes de outubro.
Os preços crescentes do petróleo, gás, carvão e energia estão alimentando pressões inflacionárias em todo o mundo e retardando a recuperação econômica.
Um assessor do presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrou com o príncipe saudita Mohammed bin Salman na Arábia Saudita na semana passada para discutir a guerra no Iêmen, mas disse que o preço do petróleo também era "motivo de preocupação".
A produção russa de petróleo e gás aumentou para 10,72 milhões de barris por dia em setembro, o maior nível desde os 11,34 milhões de barris por dia bombeados em abril de 2020, mostraram dados no sábado.
(Escrito por Dmitry Zhdannikov)
((Tradução Redação São Paulo))
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