Por Olesya Astakhova e Rowena Edwards e Maha El Dahan
LONDRES/DUBAI (Reuters) - Um painel da Opep+ endossou a atual política de produção do grupo em uma reunião nesta quarta-feira, deixando os cortes de produção acordados no ano passado em vigor em meio a esperanças de maior demanda chinesa e perspectivas incertas para a oferta russa.
Ministros de países da Opep+ - membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia - se encontraram em uma reunião virtual que fontes da Opep+ disseram ter durado menos de 30 minutos.
Os ministros do painel, chamado Joint Ministerial Monitoring Committee (JMMC), revisaram os números da produção e "reafirmaram seu compromisso" com o acordo da Opep+ que vai até o final de 2023, informou a Opep em comunicado após a reunião.
A mensagem era que a Opep+ está mantendo o curso até o final do acordo e o grupo estava no "modo mudo", disse uma fonte.
Os ministros não discutiram as perspectivas de demanda chinesa e oferta a partir da Rússia, disseram outras fontes da Opep+. A partir de 5 de fevereiro, as exportações de derivados de petróleo da Rússia estarão sujeitas a uma proibição da União Europeia e ao teto de preços do G7.
A Opep+ concordou em cortar sua meta de produção em 2 milhões de barris por dia (bpd), cerca de 2% da demanda mundial, de novembro do ano passado até o final de 2023 para apoiar o mercado.
O petróleo caiu no início do ano, mas se recuperou, apoiado pela esperança de que a demanda chinesa se recupere, embora os temores de uma recessão global continuem sendo um empecilho para os preços.
(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar e Alex Lawler)