Viena, 27 nov (EFE).- A Opep decidiu nesta quinta-feira em Viena não diminuir sua produção conjunta de 30mbd apesar da pressão de vários dos 12 países-membros para aprovar um corte que ajude a deter a queda dos preços.
"Conforme o interesse de devolver o equilíbrio ao mercado, a Conferência (ministerial) decidiu manter o nível de produção de 30 milhões de barris diários", segundo anúncio feito ao término de sua reunião.
"É uma boa decisão porque dará privilégio às produções que são comerciais", declarou à Agência Efe o ministro de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador, Pedro Merizalde-Pavón.
O ministro se referia assim à concorrência criada pelo "petróleo de xisto", extraído principalmente pelos Estados Unidos graças às técnicas de fratura hidráulica.
O representante equatoriano opinou que será o mercado que "colocará o preço" e que os produtores terão que se ajustar ao valor oferecido, inclusive se seguir descendo desde o atual nível de US$ 80 por barril, o mínimo em quatro anos.
"Estamos mantendo a unidade da Opep e qualquer decisão será tomada por unanimidade", assegurou.
Por outro lado, a ministra de Petróleo da Nigéria, Diezani Alison-Madueke, apontou que também há países produtores não-membros da Opep e disse que também eles "teriam que compartilhar a carga da queda dos preços do petróleo".