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Retrospectiva 2024: O que movimentou os mercados neste ano

Publicado 30.12.2024, 10:29
© Reuters
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Investing.com – O índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) caminha para registrar a pior performance desde 2021, em um ano marcado por uma política monetária contracionista e deterioração dos ativos de risco, além de um cenário externo menos favorável a emergentes. Taxa de juros e inflação elevadas, assim como um dólar acima de R$6, marcaram os últimos meses.

Economistas pioraram suas projeções para a maior parte dos indicadores macroeconômicos ao longo do ano, menos para o crescimento da economia. Olhando para o futuro, o próximo ano deve ser de início do mandato de novos diretores e do presidente do Banco Central, com o desafio de levar a inflação à meta, e perspectiva de continuidade no aumento da Selic. Em meio a este cenário, juros elevados podem seguir pressionando o Ibovespa no ano que vem.

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Relembre os destaques de 2024 - veja os principais temas que marcaram os mercados neste ano:

  • Crescimento e mercado de trabalho fortes

A economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) apresentou resultados mais fortes do que o esperado pelo mercado no início do ano. Entre os motivos, está a resiliência do mercado de trabalho, com taxa de desemprego nas mínimas históricas. O PIB cresceu 1% no primeiro trimestre (revisado de 0,8%), 1,4% no segundo trimestre e 0,9% no terceiro trimestre deste ano.

O mercado de trabalho segue robusto. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego recuou para 6,1% no trimestre finalizado novembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

O crescimento forte e um mercado de trabalho aquecido, com resiliência na geração de vagas de empregos formais e expansão da massa salarial, estiveram entre os fatores de pressão inflacionária ao longo de 2024.

  • Inflação pressionada e retomada da alta nos juros

O ano também foi marcado pela pressão inflacionária, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulando alta de 4,29% no ano e de 4,87% nos últimos 12 meses finalizados em novembro. O dado anual está acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo.

Com inflação acima da meta e expectativas desancoradas, o Comitê de Política Monetária (Copom) retomou o ciclo de alta na taxa de juros Selic. Após a reunião de janeiro de 2024, a taxa Selic estava em 11,25%. O colegiado cortou as taxas, mas depois optou pela manutenção e, posteriormente, inverteu o ciclo para novos aumentos, finalizando 2024 12,25% ao ano. O Copom forneceu um forward guidance na última decisão e ainda prevê novos aumentos de 1 ponto percentual em janeiro e março.

Boletim Focus: Economistas estimam Selic em 12% em 2026

  • Novos diretores no BC; Galípolo indicado

O (Copom) contou com dois novos diretores indicados pelo governo Lula em janeiro de 2024, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Em 2023, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino haviam assumido as diretorias de política monetária e de fiscalização. O governo Lula indicou três novos nomes em novembro de 2024: Nilton David, que vai ocupar a vaga de Gabriel Galípolo, na diretoria de política monetária; Izabela Correa, que vai assumir cargo na diretoria de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta; e Gilneu Vivan, que será o novo diretor de regulação.

Com as trocas, o governo Lula terá maioria dos diretores indicados ao BC a partir de janeiro de 2025, além de um novo presidente. Nas últimas reuniões, os votos de Galípolo e indicados de Lula tiveram peso maior para definir os rumos da Selic. Ao final deste ano, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, duramente criticado por Lula neste ano, encerra seu mandato. RCN será substituído pelo atual diretor Gabriel Galípolo, que deve presidir a instituição de 2025 a 2028 – com a promessa de Lula que não vai interferir em sua gestão.

CONFIRA TAMBÉM: Acenos de Lula a Galípolo deixam mercados em alerta sobre futuro da política monetária

  • Situação fiscal e deterioração de ativos de risco, incluindo dólar

A tomada de decisão dos agentes econômicos também foi influenciada neste ano pela percepção negativa sobre as contas públicas brasileiras. A aversão ao risco ajudou a impulsionar a cotação do dólar acima de R$6, levando intervenções do Banco Central por meio de leilões da moeda americana. Mas, para além do fiscal, o avanço do dólar no exterior também levou a quedas nas moedas de outros emergentes.

Entre os motivos para a deterioração nos ativos de risco neste ano, esteve a percepção negativa sobre o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo federal em novembro, que demorou e foi considerado insuficiente por especialistas. Mas as críticas mais frequentes de analistas estiveram relacionadas à apresentação do pacote junto com os planos de aumento da isenção do imposto de renda (IR) pessoa física para quem ganha até R$5 mil. Ainda que o governo indique neutralidade da medida, as possíveis compensações para que isto ocorra de fato podem enfrentar resistência no Congresso.

Os projetos que fazem parte do pacote fiscal foram aprovados, mas desidratados no Congresso. Enquanto o governo estima que as mudanças tenham reduzido a economia em R$2,1 bilhões até 2026, para até R$69,8 bilhões, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) entende que o potencial de economia fiscal no próximo biênio recuou de R$52 bilhões para R$44 bilhões. Dados apresentados pelo BC apontam que a dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB atingiu 77,7% em novembro, sendo um dos principais desafios para o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no próximo ano.

LEIA MAIS: XP estima que economia com pacote de gastos deve cair para R$44 bilhões

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