Ibovespa fecha em alta com BTG e Sabesp como destaques em meio a balanços e dados de inflação

Publicado 12.08.2025, 17:06
Atualizado 12.08.2025, 17:51
© Reuters. Painel eletrônico na B3, em São Paulon06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com BTG Pactual (BVMF:BPAC11) e Sabesp disparando e renovando máximas históricas após resultados robustos no segundo trimestre, em mais uma sessão com a temporada de balanços sob os holofotes, embora dados de inflação no Brasil e Estados Unidos também tenham repercutido no pregão.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,69%, a 137.913,68 pontos, maior patamar em cerca de um mês. No melhor momento do dia, marcou 138.414,25 pontos. No pior, registrou 135.629,09 pontos. O volume financeiro somou R$24 bilhões.

Em paralelo ao aquecido noticiário corporativo doméstico, o IBGE mostrou que o IPCA subiu 0,26% em julho, após alta de 0,24% em junho, abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de aumento de 0,37%. Em 12 meses, avançou 5,23%, ante elevação 5,35% em junho e expectativa de acréscimo de 5,33%.

Dados de inflação nos EUA também ocuparam as atenções, com o índice de preços ao consumidor (CPI) registrando acréscimo de 0,2% no mês passado, após aumento de 0,3% em junho. Em 12 meses, houve avanço de 2,7%. Economistas consultados pela Reuters previam alta mensal de 0,2% e de 2,8% na base anual.

De acordo com advisor e sócio da Blue3 Investimentos Willian Queiroz, o mercado reagiu positivamente aos dados de inflação, tanto no Brasil como nos EUA, enquanto a temporada de balanços de empresas brasileiras tem mostrado resultados fortes, corroborando uma perspectiva positiva para a bolsa paulista.

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 1,13%, com o CPI apoiando perspectivas de queda na taxa básica de juros da maior economia do mundo.

DESTAQUES

- BTG PACTUAL UNIT saltou 13,12%, registrando uma máxima de fechamento a R$45,27, após reportar lucro líquido ajustado de R$4,18 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 42% em relação ao ano anterior, em desempenho acima das previsões do mercado. A rentabilidade medida pelo ROAE do maior banco de investimentos da América Latina alcançou 27,1%, de 23,2% no primeiro trimestre e 22,5% um ano antes. Em teleconferência com analistas sobre os números, o CEO afirmou estar confiante em um ROAE de 24% ou mais em 2025.

- SABESP ON (BVMF:SBSP3) saltou 10,61%, também marcando um topo de fechamento a R$122,74, na esteira do resultado melhor do que as expectativas no segundo trimestre, que mostrou um lucro líquido ajustado de R$1,96 bilhão, impulsionado em parte por melhorias operacionais geradas no contexto da privatização da maior empresa de saneamento da América Latina.

- NATURA ON (BVMF:NATU3) caiu 7,98%, revertendo a alta da abertura (+2,55% na máxima), um dia após divulgar Ebitda recorrente de R$795,6 milhões no segundo trimestre, alta de 4,5% ano a ano, bem como classificar a Avon Internacional e a Avon América Central e República Dominicana (CARD) como ativos mantidos para venda. Em teleconferência com analistas, o CEO citou alta probabilidade de venda da Avon Internacional em 12 meses, mas sem dar muitos detalhes, enquanto destacou um ambiente menos favorável no segundo semestre.

- VAMOS ON (BVMF:VAMO3) fechou em alta de 4,8%, apesar da queda de 47,9% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$92,8 milhões, considerando as operações que continuaram na empresa. O CEO afirmou a analistas que a empresa adotou estratégia para acelerar a redução de estoques e a venda de seminovos, em meio ao ambiente macroeconômico mais difícil. A companhia também revisou algumas projeções para 2025, incluindo Ebitda, lucro líquido e patamar de alavancagem.

- DIRECIONAL ON (BVMF:DIRR3) avançou 4,18%, tendo no radar lucro líquido de R$183,7 milhões no segundo trimestre, crescimento de quase 26% ano a ano, embora ligeiramente abaixo do esperado por analistas. A receita líquida também subiu 26% ano a ano, para R$1,07 bilhão. O CEO da construtora disse que o segundo semestre deve ser mais forte em lançamentos na comparação com a primeira metade do ano.

- VIBRA ON (BVMF:VBBR3) valorizou-se 2,4%, mesmo com o balanço do segundo trimestre mostrando lucro líquido de R$292 milhões no segundo trimestre, recuo de 66,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em teleconferência com analistas, o CEO da companhia afirmou que não vê problemas para abastecimento caso não seja mais possível importar diesel da Rússia, pois faz importações primordialmente do Golfo do México e tem acesso a outras fontes, como no Oriente Médio.

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançou 1,05%, amparada pelo movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu 2,36%, após usinas siderúrgicas do centro de produção chinês de Tangshan receberem ordens de interromper as operações para melhorar a qualidade do ar antes de um grande desfile militar.

- ITAÚ PN subiu 2,07%, em sessão positiva para o setor como um todo, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançando 2,33%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) ganhando 1,31% e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) valorizando-se 0,73%. Entre os bancos com ações no Ibovespa, apenas BB ainda não divulgou o balanço, que está previsto para a quinta-feira.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou com acréscimo de apenas 0,26%, em dia de queda dos preços do petróleo no mercado internacional. O barril de Brent encerrou com declínio de 0,77%. Investidores também continuam analisando resultado trimestral e anúncio de dividendo, que frustraram agentes financeiros, além dos planos da estatal de voltar ao mercado de distribuição de gás de cozinha.

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