Analista prevê que bitcoin atingirá novo recorde histórico na próxima semana
Investing.com -- O Bitcoin opera na tarde desta sexta-feira (3) em alta, consolidando o rompimento da marca de US$ 120 mil e reforçando o otimismo que marca o início do chamado “Uptober”, período historicamente positivo para as criptomoedas. O cenário global, ainda permeado por incertezas ligadas ao impasse fiscal nos Estados Unidos e pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve, tem favorecido a busca por ativos de risco e impulsionado o apetite de investidores. Às 16h40 (horário de Brasília), o tom do mercado era de confiança, com analistas já projetando espaço para o BTC mirar patamares próximos de US$ 130 mil nas próximas semanas.
De acordo com dados da Binance, o Bitcoin era negociado a US$ 122.906,1, em alta de 1,71% no dia, enquanto o Ethereum avançava 0,73%, cotado a US$ 4.530,40. O destaque da sessão ficou por conta da BNB, que disparou 8,87% e alcançou US$ 1.168,99, consolidando sua posição como um dos ativos mais fortes da semana. A diversificação da alta para além do BTC e do ETH sugere que o movimento atual do mercado tem sido mais amplo, atingindo também tokens ligados a ecossistemas específicos.
O pano de fundo que sustenta essa escalada inclui a continuidade do shutdown parcial do governo dos EUA, que pressiona o dólar e leva investidores a buscar alternativas como ouro e criptomoedas. Além disso, os fluxos positivos para ETFs spot de cripto e a sazonalidade favorável de outubro reforçam a narrativa de um quarto trimestre de ganhos robustos para o setor. Na América Latina, o Brasil segue em evidência como destino de mineradoras, atraídas pelo potencial de energia renovável, o que adiciona um vetor estrutural de expansão ao mercado regional.
Apesar do otimismo, investidores mantêm certa dose de cautela, com dados apontando redução nos fluxos para exchanges spot e queda gradual no volume negociado em alguns ativos. Essa dinâmica sugere que parte do mercado prefere manter posições em carteira em vez de realizar lucros no curto prazo, o que pode sustentar os preços em patamares elevados. Ainda assim, a predominância de posições compradas e a liquidez consistente indicam que o sentimento permanece positivo, com confiança crescente na continuidade do rali.
"Os padrões regionais de adoção também destacam divergências. A América Latina mantém uma das taxas de adoção mais rápidas do mundo, com Argentina e Venezuela recorrendo ao Bitcoin e às stablecoins para pagamentos diários, enquanto o Brasil continua sendo o principal centro de negociação regulada e acesso ao dinheiro fiduciário. O experimento da Venezuela com uma estratégia baseada em stablecoin permanece instrutivo: evidencia tanto a utilidade econômica dos dólares digitais em condições de crise quanto a fragilidade de sistemas excessivamente dependentes de emissores únicos. Para os tomadores de decisão, três sinais se destacam em outubro. Primeiro, os gestores no Brasil podem usar cada vez mais instrumentos listados para obter exposição à cripto sem escrutínio regulatório excessivo. Segundo, as empresas de energia devem avaliar parcerias de mineração como ferramenta para monetizar o excesso de capacidade, especialmente em estados ricos em vento como a Bahia. Terceiro, os corredores de stablecoin orientados para a conformidade permanecem essenciais, mas a governança precisa evoluir para mitigar riscos de concentração semelhantes aos da Venezuela", explicou oandris Rives Rodriguez, Gerente Regional para América Latina na B2BINPAY.
"O Bitcoin vive momento de força quase unânime: tendência, liquidez e narrativa institucional alinhadas. Mas o RSI e a distância mínima para o topo histórico sugerem que, apesar do cenário otimista, a cautela é amiga do investidor atento. Há um viés altista sólido, com o preço acima das médias de 50 e 200 dias e ganhos expressivos em diferentes prazos. A liquidez segue robusta, com volume diário acima de US$ 86 bilhões e participação de quase 40% no mercado cripto, enquanto narrativas institucionais e comparações com o ouro fortalecem a percepção do ativo como reserva global, mesmo diante de riscos especulativos e técnicos de curto prazo", analisou o WarrenAI.
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