Investing.com – Os futuros de ouro e de prata subiram hoje, uma vez que os investidores estão aguardando dados econômicos norte-americanos, no final do dia, em busca de indicações sobre a força da economia e do curso futuro da política monetária norte-americana.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em agosto subiu 0,28%, ou US$ 3,70, e foi negociado a US$ 1.303,50 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã.
Os preços ficaram em uma faixa estreita entre US$ 1.298,20 e US$ 1.308,80. O ouro encerrou a sessão de quarta-feira em alta de 0,21%, ou US$ 2,70, a US$ 1.299,80.
Os futuros do ouro devem encontrar apoio em US$ 1.292,60, a baixa de 15 de junho, e resistência em US$ 1.314,40, a alta de 15 de julho.
Também na Comex, a prata com vencimento em setembro subiu 0,3%, ou 6,2 centavos, para US$ 20,83 por onça. Os preços caíram para US$ 20,63 na quarta-feira, o nível mais fraco desde 20 de junho.
Os EUA devem divulgar relatórios sobre os pedidos novos de seguro desemprego, construção de casas, alvarás de construção e o índice Philly Fed de manufatura, no final do dia.
Os preços do ouro e da prata ficaram sob forte pressão de venda nas últimas sessões em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode aumentar as taxas de juros mais cedo que o esperado.
No início da semana, Yellen disse que o banco central poderia começar a elevar as taxas de juros mais cedo do que o esperado, caso o mercado de trabalho dos EUA continuasse crescendo mais rapidamente do que o previsto.
No entanto, a presidente do Fed também disse que se a recuperação econômica for insatisfatória, a política monetária permanecerá acomodada.
Enquanto isso, o sentimento permaneceu cauteloso uma vez que os EUA e a União Europeia anunciaram na quarta-feira uma nova rodada de sanções contra a Rússia, após a anexação da Crimeia, em abril, e tensões atuais no resto da Ucrânia. O pacote dos EUA foi a maior rodada de sanções até o momento.
Em resposta às sanções, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que as relações com os EUA correm o risco de chegar a um “beco sem saída” e podem prejudicar os interesses comerciais dos Estados Unidos em seu país.
Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro caiu 0,15%, ou 0,5 centavos, para US$ 3,210 por libra, uma vez que o nervosismo com relação a uma possível inadimplência dos títulos no setor de construção na China pesou.
Empresa de construção Huatong Road & Bridge Group com base em Shanxi avisou, na quarta-feira, que pode deixar de pagar 400 milhões de yuan em títulos vincendos em 23 de julho, provocando preocupações com a perspectiva de demanda de curto prazo na China.
As preocupações com a inadimplência dos títulos nacionais causaram temores de que os acordos de financiamentos que bloquearam uma ampla quantidade de cobre podem ser desfeitos.
Um setor imobiliário mais ameno não só pesa sobre a demanda de cobre como também sobre a do material de construção, além de reduzir o consumo do setor de eletrodomésticos.
A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.