Investing.com - Os preços do ouro subiram para uma alta de seis meses nesta quarta-feira, ao passo que o cobre despencou para o nível mais baixo desde 2010 uma vez que os investidores continuaram acompanhando o impasse na Ucrânia e em meio a temores relacionados à saúde da economia chinesa.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros de ouro com vencimento em abril subiram para uma alta da sessão de US$ 1.363,20 por onça-troy, o nível mais forte desde 20 de setembro.
O ouro foi negociado pela última vez a US$ 1.355,90 por onça-troy durante as negociações norte-americanas da manhã, subindo 0,68%, ou US$ 9,20. Os futuros de ouro subiram 0,39%, ou US$ 5,20, e ficaram em US$ 1.346,70 por onça na terça-feira.
Espera-se que os futuros de ouro encontrem apoio em US$ 1.327,50 por onça-troy, a baixa de 10 de março, e resistência em US$ 1.366,50, a alta de 20 de setembro.
Enquanto isso, a prata para entrega em maio avançou 0,55%, ou US$ 0,11 centavos, para US$ 20,93 por onça-troy. O contrato de maio encerrou a sessão de terça-feira em baixa de 0,45%, ou US$ 0,09, a US$ 20,81 por onça.
Espera-se que os futuros de prata encontrem apoio em US$ 20,67 por onça-troy, a baixa de 11 de março, e resistência em US$ 21,32, a alta de 11 de março.
Os investidores continuaram acompanhando os eventos na Ucrânia, onde a tensão com os movimentos da vizinha Rússia na região da Crimeia têm aumentado a demanda por ativos menos arriscados.
O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Asenily Yatsenyuk, viaja para os EUA para se encontrar com o presidente Barack Obama, hoje, uma vez que continuam os esforços diplomáticos para resolver a crise.
Os investidores estão aguardando dados econômicos norte-americanos, no final do dia, em busca de mais indicações sobre a força da economia e do curso futuro da política monetária norte-americana.
Os EUA devem divulgar dados atentamente observados sobre as vendas no varejo em fevereiro na quinta-feira e uma relatório sobre o sentimento do consumidor na sexta-feira.
Dados divulgados na semana passada mostraram que a economia norte-americana gerou 175.000 postos de emprego em fevereiro, bem acima das expectativas de 149.000 novos empregos. A taxa de desemprego subiu para 6,7% de 6,6% de janeiro, uma vez que mais pessoas adentraram o mercado de trabalho.
O relatório otimista sobre o emprego reduziu as preocupações com dados econômicos norte-americanos vistos nos últimos meses e apoiou a visão de que o Banco Central dos EUA (Fed) deve continuar reduzindo gradualmente seu programa de compra de ativos.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de cobre ampliaram as perdas da última sessão e caíram para uma baixa da sessão de US$ 2,908 por libra-peso, o nível mais fraco desde julho de 2010. O cobre estava sendo negociado a US$ 2,939 por libra, caindo 0,45%.
Os preços do cobre ficaram sob forte pressão de venda nas últimas sessões uma vez que preocupações cada vez maiores com a saúde da economia chinesa prejudicaram a demanda por ativos mais arriscados.
Além disso, há também preocupações com o estado do setor corporativo do país. Os investidores permaneceram agitados em meio a sinais de fraqueza no mercado de obrigações após a inadimplência da semana passada por parte da empresa de energia solar chinesa Chaori Shanghai Solar Energy Science & Technology Co.
Na quarta-feira, o foco recaiu sobre a Baoding Tianwei Baobian Electric Co., com sede em Xangai, uma fabricante de equipamentos de energia para o novo setor. As ações da empresa afundaram mais de 5% em Xangai, ao passo que seus títulos corporativos foram suspensos pelo segundo dia, após a empresa ter apresentado uma perda líquida anual pelo segundo ano consecutivo, que levou a um aviso de retirada da lista da bolsa.
As preocuações com a inadimplência dos títulos nacionais causaram temores de que os acordos de financiamentos que boquearam uma ampla quantidade de cobre podem ser desfeitos.