O ouro fechou em alta nesta terça-feira. 7. O metal precioso recebeu suporte da queda nos juros dos Treasuries, que concorrem com ele como ativo de segurança do mercado. O sentimento geral de cautela entre investidores estrangeiros também contribuiu para o movimento, à medida que o mercado teme o avanço inflacionário em economias desenvolvidas, com foco nos EUA.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto avançou 0,46%, a US$ 1.852,10 por onça-troy.
A alta da commodity metálica ocorre após duas sessões de baixa, em que o ouro se viu pressionado pelo avanço dos retornos dos Treasuries e dos juros reais nos EUA, segundo o Commerzbank. O banco alemão ressalta que contratos de ouro negociados em ETFs registraram nesta segunda-feira, 6, o maior fluxo de saída das últimas três semanas, de 3,6 toneladas.
Com o mercado de trabalho dos EUA apertado, ainda há chance de uma alta descontrolada dos níveis salariais no país, o que coloca o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) em posição para realizar um aperto monetário agressivo. A perspectiva de alta de juros é negativa para o ouro, uma vez que ela costuma fortalecer os retornos dos Treasuries.
Com o Fed em seu período de silêncio, que começa na semana anterior às reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e termina após o anúncio da decisão monetária (marcada para o próximo dia 15), o foco do mercado ficou em falas da secretária do Tesouro, Janet Yellen. Segundo ela, a inflação dos EUA está em níveis "inaceitáveis" e a atual projeção do Tesouro de alta de 4,7% da inflação em 2022 será revisada para cima.