O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta, nesta sexta-feira. Mesmo com o dólar forte, o metal era apoiado por dados de inflação desta semana dos Estados Unidos, que levaram investidores a prever um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) menos duro em seu aperto monetário em andamento.
O ouro para dezembro registrou ganho de 0,46%, a US$ 1.815,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Na comparação semanal, ele avançou 2,97%, compensando perda porcentual bastante similar (-2,98%) da semana anterior.
A Capital Economics afirma, em relatório a clientes, que os números de inflação ao consumidor e ao produtor dos EUA desta semana contiveram expectativas de um aperto monetário mais duro pelo Fed.
A consultoria projeta que o BC americano eleve os juros em 50 pontos-base em setembro, não em 75 pontos-base, mas também diz que os juros dos Treasuries devem continuar a subir ao longo deste ano. Como os retornos dos bônus concorrem com o ouro, esse movimento deve impor alguma pressão sobre o metal, diz a Capital, que projeta ouro a US$ 1.650 a onça-troy ao final deste ano.
O TD Securities, por sua vez, também atribuiu o movimento dos últimos dias à inflação e ao Fed, mas não vê grande rali no ouro, no mercado atual. Para o banco de investimentos, ainda tende a haver pressão de venda para os contratos do metal. Ele diz também que as compras de ouro da China parecem diminuir, segundo dados mais recentes, o que tende a gerar pressão de baixa para o metal.