O ouro fechou em alta nesta sexta, 9, e fechou a semana com ganho modesto. Apesar de comentários de tom hawkish de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o dólar enfraqueceu ante rivais e s juros dos Treasuries caíram na maior parte da curva, dois fatores que tendem a favorecer a demanda do mercado pelo metal precioso.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro avançou 0,49% hoje e subiu 0,35% na semana, cotado a US$ 1.728,60 por onça-troy.
"O ouro subiu à medida que a alta histórica do dólar parece ter perdido o fôlego", resume o analista Edward Moya, da Oanda. O movimento da divisa americana ocorre mesmo após os dirigentes do Fed Christopher Waller, James Bullard e Esther George voltarem a reafirmar o compromisso do BC no combate à inflação. Waller e Bullard, inclusive, sinalizaram defesa pela terceira alta de juro seguida de 75 pontos-base este mês.
"Parece que Wall Street está se sentindo confortável com a ideia de outro aumento de 75 pontos básicos na taxa de juros pelo Fed", avalia Moya, em comentário enviado a clientes. Se os investidores continuarem "ignorando" a postura agressiva do BC americano, o ouro deve sustentar um nível acima US$ 1,7 mil, diz.
Na terça-feira que vem, sai o índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto dos EUA, dado importante para balizar as expectativas para a reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) e que pode "definir o destino" do metal. Se o CPI surpreender em alta, "o ouro pode ver pressão de venda e atingir a região de US$ 1,68 mil", estima o analista.