O contrato mais líquido do ouro estendeu os ganhos de ontem, novamente com o dólar pressionado no exterior. Por outro lado, o rali dos rendimentos dos Treasuries, diante de renovada perspectiva de um Federal Reserve (Fed) mais agressivo, estancaram os ganhos.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em alta de 0,47%, a US$ 1.845,4 por onça-troy.
Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou hoje que a instituição terá que elevar juros entre 5% e 5,25% e mantê-los assim até 2024. Já o dirigente de Minneapolis, Neel Kashkari, defendeu que as altas de juros devem continuar, e que um pouso suave não é garantido. Além disso, dados de subíndice de preços do relatório de índice de gerentes de compras (PMI) avançou, o que sinaliza que a resiliência econômica dos EUA está exercendo pressão renovada sobre a inflação, e que, consequentemente, o BC americano pode ter que elevar mais os juros.
Segundo a SP Angel, os rendimentos mais altos dos Treasuries continuam a "pesar sobre o apelo do ouro como um ativo porto seguro". Já para a CMC Markets, pode haver uma oportunidade para o metal precioso se recuperar e continuar sua tendência de alta, já que os participantes do mercado podem reavaliar a saúde econômica global e a política futura dos bancos centrais em março. "Os títulos provavelmente foram vendidos em excesso no mês passado, o que requer uma recuperação técnica, o que pode levar a uma retração do dólar americano, por sua vez, impulsionando os preços das commodities", observa.
*Com informações da Dow Jones Newswires