O contrato futuro mais líquido do ouro fechou hoje em alta, favorecido pela fraqueza do dólar e pela queda dos juros dos Treasuries. Ainda, avanço nas perspectivas de que o Federal Reserve (Fed) seja menos rígido em sua próxima decisão monetária, no dia 14 de junho, ajudou o metal precioso.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 1,03%, a US$ 1978,60 por onça-troy.
A visão de Craig Erlam, analista da Oanda, o ouro vem apresentando instabilidade, oscilando entre US$ 1.940 e US$ 1.980 por onça-troy nas últimas semanas, "com a falta de convicção nos dados econômicos que não ajudam a inclinar a balança para um lado ou para o outro". Segundo Erlam, dados do índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) dos EUA, publicado na próxima terça-feira, e a decisão política do Federal Reserve (Fed), na próxima quarta-feira, podem, "em última análise, determinar se o ouro sobe mais uma vez com ambições recordes em potencial ou continua a corrigir mais baixo, tendo até agora caído quase 7% em relação às altas de março".
Já segundo o TD Securities, as liquidações do ouro podem ter atenuado as implicações de uma possível alta de juros "surpresa" do Federal Reserve (Fed) na próxima semana, mas o banco canadense chama atenção de que o ouro não está "fora do perigo". Entretanto, a instituição também destaca que "um reacender da narrativa de desinflação sugere que pular junho poderia finalmente fornecer o catalisador necessário para os comerciantes discricionários aplicarem seu tesouro de capital em metais preciosos".