O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 30, impulsionado por um declínio nos rendimentos dos Treasuries, na medida em que um acordo para evitar um default nos Estados Unidos se aproxima, especialmente com as afirmações do final de semana.
O movimento beneficia o metal, que compete com os títulos na busca por segurança. Investidores observam ainda as perspectivas para a política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que contam com a publicação de dados importantes nesta semana, incluindo o payroll de maio, que será divulgado na sexta-feira.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para em julho fechou a US$ 1968,10 a onça-troy, em alta de 0,72%.
O analista da Oanda Craig Erlam vê o ouro impulsionado por um declínio nos rendimentos dos EUA, já que o presidente Joe Biden e o presidente da Câmara Kevin McCarthy chegaram a um acordo para evitar um calote. "Esse acordo ainda tem alguns obstáculos a serem superados nos próximos dias, mas este é um passo extremamente significativo que deve garantir que o impensável não aconteça", avalia.
No entanto, a tendência permanece contra o ouro, já que os comerciantes se preocupam com a resiliência dos mercados de trabalho e a rigidez da inflação, diz Erlam.
O relatório de empregos na sexta-feira é o próximo grande teste nessa frente e, considerando o que vimos até agora, pode ser necessário algo particularmente fraco para convencer os formuladores de políticas do Fed a não aumentar juros novamente em junho, afirma o analista.