O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 1º novembro, em uma sessão na qual sinalizações sobre a força da demanda estimularam os preços. Os indícios de maior busca pelo metal vieram na véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), quando é amplamente esperada uma alta de juros de 75 pontos-base. Além disso, a semana conta ainda com o relatório de empregos de outubro nos Estados Unidos na sexta-feira.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,55%, a US$ 1.649,70 por onça-troy.
O Conselho Mundial do Ouro (WCG, na sigla em inglês) informou que a demanda pelo metal no terceiro trimestre subiu inesperadamente em relação ao ano anterior, segundo o Commerzbank.
O banco avalia que o fator chave para isso foram as compras recordes por bancos centrais e outras instituições: foram mais de 300 toneladas acima do ano passado. A demanda por joias, por barras e moedas também aumentou significativamente em relação a 2021, aponta ainda.
Para o Commerzbank, as expectativas sobre o curso futuro da política monetária dos EUA e a tendência associada do dólar presumivelmente ditarão a direção do preço do ouro no curto prazo.
O Citi espera 190 mil empregos adicionados no payroll de outubro, com uma taxa de desemprego ainda baixa, em 3,5%. Um relatório em linha com essa expectativa provavelmente teria pouca implicação para as próximas decisões de política do Fed, avalia o banco americano.
No entanto, "vemos riscos de que a taxa de desemprego possa cair ainda mais para 3,4%, o que destacaria o risco de o mercado de trabalho já muito apertado se apertar ainda mais e pressionar contra a narrativa de um iminente 'pivô' do Fed", pondera.