O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em alta nesta sexta-feira, 16, impulsionado pela enfraquecimento do dólar no mercado internacional e a queda dos juros dos Treasuries, após semana marcada por dados macroeconômicos robustos dos Estados Unidos e da China.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão com ganho de 0,76%, a US$ 1.780,20 a onça-troy, o que representa avanço de 2,03% no acumulado semanal.
Após a divulgação de indicadores positivos dos EUA, foi a vez de a China mostrar, no fim da noite da quinta-feira (horário de Brasília), que está em processo de retomada da crise provocada pela covid-19. O Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático saltou a uma taxa anualizada de 18,3% no primeiro trimestre, enquanto as vendas no varejo dispararam 34,5% em março ante igual mês de 2020. Os investimentos em ativo fixo e a produção industrial frustraram previsões, mas ainda apresentaram alta.
Nesse ambiente, o dólar perdeu força ante a maior parte das moedas globais, o que tornou commodities mais baratas e, com isso, impulsionou o ouro. O metal preciso também foi beneficiado pela queda dos juros dos Treasuries, uma vez que ambos competem como reserva de segurança.
O Commerzbank destaca que, embora costume ter dificuldades em momentos de otimismo econômico, o ouro se valoriza enquanto investidores monitoram sinais de que a política monetária seguirá acomodatícia. "Parece que os participantes do mercado acreditaram na afirmação do Federal Reserve de que, desta vez, não reagiria a bons dados e toleraria o superaquecimento econômico", explica o banco.