O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, após avançar na última sessão, impulsionado especialmente pela publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em dezembro. Nesta quinta, a publicação dos preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) abaixo do esperado por especialistas e uma menor pressão nos rendimentos dos Treasuries e no dólar ofereceu espaço para uma correção.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,32%, a US$ US$ 1.821,40 por onça-troy
A Pantheon Macroeconomics considerou que o PPI, que subiu 0,2% na comparação mensal ante expectativa de alta de 0,4%, foi a primeira evidência concreta de pressões menores sobre as cadeias de produção e da consequência disso nos preços. Na avaliação desta consultoria, o CPI pode começar a desacelerar nos próximos meses.
Para o Commerzbank, a inflação deve subir marginalmente nos próximos meses e deve então começar a cair na primavera, em parte porque os gargalos de oferta que impulsionam os preços provavelmente diminuirão.
Olhando outros elementos, o banco alemão acredita que o ouro pode enfrentar ventos contrários nos próximos meses devido à menor demanda na Índia, o segundo maior consumidor do mundo.
"Isso ocorre porque muitos casamentos estão sendo cancelados em resposta à disseminação desenfreada do coronavírus no país. Ouro é tradicionalmente dado como presente" nas cerimônias, aponta a análise.