O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa na sessão desta quinta-feira, 26, pressionado pelo fortalecimento do dólar ante moedas fortes e pelos resultados melhores que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Ainda, o ouro também reagiu à alta dos juros dos Treasuries, que competem com a commodity como ativo de segurança.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em queda de 0,65%, a US$ 1.930,00 por onça-troy.
Na visão de Edward Moya, da Oanda, o ouro suavizou o movimento de baixa após o PIB dos Estados Unidos vir melhor que o esperado e com a queda dos pedidos de auxílio-desemprego do país, ambos apoiando a ideia de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda poderá entregar um "pouso suave" para a economia americana, de forma que o preço da commodity poderá variar entre US$ 1.935 por onça-troy e US$ 1.960 por onça-troy até a próxima decisão do Fed, no dia 1º de fevereiro.
Entretanto, Moya alerta que a "demanda de porto seguro ainda é necessária, pois o consumidor está claramente enfraquecendo e provavelmente precisaremos esperar um pouco mais para que os dados do PIB e dos pedidos do auxílio-desemprego se atualizem".
Segundo o economista, qualquer sinal de uma desaceleração nos aumentos das taxas do BC americano pode ajudar a traçar um caminho mais fácil para o ouro.
A TD Securities acrescenta que o rali do ouro, com o metal fechando em altas frequentes nas últimas semanas, vem sendo prejudicado pela ausência de "gigantescas" compras chinesas.
*Com informações da Dow Jones Newswires.