O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta sexta-feira, 24, pressionado pela força do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, após dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA acima do esperado.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 0,53%, a US$ 1.817,1 por onça-troy. Na variação semanal, o metal precioso teve baixa de 1,79%.
Na visão do economista Edward Moya, da Oanda, a alta inesperada do PCE junto à melhoria do sentimento do consumidor acabaram prejudicando o ouro e deixando-o na "zona do perigo", "à medida que as apostas de aumento de taxa do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) estão aumentando, e o corte dos juros deve ficar para o próximo ano".
A previsão de uma alta nos juros por parte do Fed também foi apontada por analistas da High Frequency Economics (HFE), que indicou que o pico dos juros pode inclusive ser mais alto que o esperado em dezembro pelos dirigentes.
Já segundo o Commerzbank, há ainda um risco do preço do ouro cair ainda mais no curto prazo, provavelmente abaixo da marca de US$ 1.800 por onça-troy. "Esperamos que o preço do ouro se recupere na segunda metade do ano, pois as taxas de juros do Fed devem ter atingido o pico e o foco deve mudar para cortes nas taxas à medida que a economia dos EUA enfraquece".