O ouro fechou em leve baixa nesta quarta-feira, 8, após ter oscilado entre ganhos e perdas ao longo da sessão. O metal precioso recebeu pressão de novos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que reiterou expectativa por juros mais altos que o previsto anteriormente.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 0,08%, a US$ 1.818,60 por onça-troy.
Após o discurso da terça-feira de Powell, os mercados passaram a precificar uma alta de juros de 50 pontos-base na reunião deste mês. Segundo análise do Julius Baer, "exceto em uma recessão, é improvável que os investidores que buscam segurança retornem aos mercados de ouro".
Na visão do analista Craig Erlam, da Oanda, investidores do metal precioso estão no aguardo do próximo relatório de empregos (payroll) dos EUA, que poderá ter consequências significativas em diversos ativos. "O ouro também está vulnerável a esta sexta-feira, e está perto de US$ 1.800 por onça-troy, que é a uma grande região de suporte que, se quebrada, pode sinalizar tempos difíceis pela frente."
Na visão da TD Securities, embora os bancos centrais e os fluxos de compra tenham sido de grande importância e tenham oferecido suporte ao ouro, "é provável que a narrativa de juros mais altos exerça mais pressão sobre os principais níveis de suporte".
A consultoria, por sua vez, afirma que um nível abaixo do suporte de US$ 1.806 por onça-troy "serviria como o próximo gatilho para ver os investidores reduzirem modestamente suas posições".