O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta quarta-feira, 17. O metal precioso foi pressionado pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries e fortalecimento do dólar, em meio à expectativa pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No radar, também estão indicadores da economia dos Estados Unidos.
O ouro para dezembro registrou queda de 0,73%, a US$ 1.776,7 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Os retornos dos Treasuries e o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, renovaram máximas no dia, logo após a publicação do dado de vendas no varejo nos Estados Unidos. As vendas ficaram estáveis, ante previsão de alta de 0,1% dos analistas, mas as vendas excetuando-se automóveis tiveram crescimento de 0,4% em julho ante junho, quando se esperava estabilidade.
De acordo com o TD Securities, a ata do Fed de hoje provavelmente reforçará uma postura hawkish e, "considerando a força nas condições financeiras observadas nas últimas semanas, o Fed deve recuar contra a narrativa dovish".
O Credit Suisse (SIX:CSGN) cortou suas metas de preço para o ouro, prevendo que o metal de refúgio ficará em US$1.725 por onça troy em vez de US$ 1.800 durante o segundo semestre do ano.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) também baixou sua meta de preço para o ouro na semana passada. Durante os próximos três meses, a empresa agora prevê que o ouro seja negociado a cerca de US$ 1.850, abaixo dos US$ 2.100. "Subestimamos a disposição do mercado de dar crédito ao Fed em sua capacidade de levar a inflação de volta à meta", disse em nota.
*Com informações da Dow Jones Newswires