O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em queda nesta quinta-feira, pressionado pela força do dólar após divulgação de dados de auxílio-desemprego acima do esperado. Ainda, dúvidas sobre o próximo passo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) continuaram no radar.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,45%, a US$ 2.026,40 por onça-troy. Na semana, entretanto, o ouro teve alta de 2,02%.
Segundo a DailyFX, o mercado do ouro parece "hesitante", após o metal ter conseguido ultrapassar a marca de US$ 2 mil por onça-troy, com a desconexão entre os dirigentes do Fed e os mercados financeiros criando a necessidade de mais orientação. Por volta das 14h30, ferramenta do CME Group indicava 50,6% de chance de uma manutenção dos juros na faixa atual na próxima decisão monetária do BC americano, ante 49,4% de possibilidade de alta de 25 pontos-base (pb).
Em análise, a Daily FX destaca a atenção do mercado para a publicação do relatório de empregos dos EUA que sai na sexta. "Se o payroll superar as estimativas, isso resultará na 12ª alta consecutiva acima das previsões e pode dar suporte adicional ao dólar, deixando o ouro à vista vulnerável". Olhando para o rumo do preço do ouro, o analista Edward Moya, da Oanda, afirma que o metal precioso pode ter potencial para superar a resistência da marca de US$ 2 mil por onça-troy, mas isso dependerá do rendimento dos Treasuries caindo ainda mais do que já caem.
"Quer isso venha de temores de recessão, inflação mais baixa, aumento da ociosidade do mercado de trabalho ou uma combinação destes, os investidores estão cada vez mais confiantes de que o Fed está acabado e será forçado a reverter o curso algumas vezes no final do ano", aponta a análise.