O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta quinta-feira, 27, em sessão marcada pela valorização do dólar ante rivais. Operadores digerem alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), em linha com o esperado, e avanço do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos acima das projeções.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,22%, a US$ 1.665,60 por onça-troy.
A força do dólar ante rivais pressionou os preços do metal precioso nesta sessão. O euro se desvalorizou em relação à divisa norte-americana, em dia de alta de juros de 75 pontos-base (pb) pelo BCE, como esperado pelo mercado.
Em coletiva à imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse ser possível que os juros subam além da normalização monetária e afirmou que o risco de recessão na zona do euro "está mais próximo no horizonte".
Analista da Oanda, Edward Moya, observa que o ouro não se moveu muito após a decisão do BCE e uma série de dados dos EUA que "confirmaram que uma desaceleração econômica global está aqui".
O Departamento do Trabalho norte-americano informou que o PIB do país subiu 2,6% no terceiro trimestre deste ano, acima dos 2,4% registrado pelo Projeções Broadcast. Assim, os EUA superaram a recessão técnica em que se encontravam no trimestre anterior.
Apesar do resultado, o Citi ainda espera que o país enfrente uma desaceleração generalizada e lide com contração do PIB ao fim do ano que vem.
Já o Wells Fargo (NYSE:WFC) mantém a expectativa de que a economia dos EUA entre em recessão no segundo trimestre de 2023 e a previsão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) suba os juros em 75 pb na próxima quarta-feira, 2 de novembro.
Ainda em relatório, a Oanda afirma que o ouro não deve sofrer grandes movimentação até a decisão do Fed.