O contrato mais líquido do ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 14, pressionado pelo avanço do dólar. A divisa americana ganha força, enquanto a perspectiva de aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed) aumenta, mesmo em meio aos temores de recessão.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto fechou em queda de 1,71%, a US$ 1.705,8 a onça-troy. Esse é o menor nível desde março de 2021.
Segundo o economista Craig Erlam, da Oanda, o metal amarelo está sentindo o calor dos dados de inflação e a perspectiva de aperto agressivo em resposta. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 1,1% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado veio acima do que esperavam analistas consultados, que previam alta de 0,8%. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% na comparação mensal de junho, abaixo do consenso do mercado, de alta de 0,5%.
O Citi afirmou hoje que "agora vê um aumento de 100 pontos-base na taxa básica de juros na reunião deste mês como o resultado mais provável". Membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), Christopher Waller não descartou subir os juros em um ponto porcentual na próxima reunião da entidade, nos dias 26 e 27 deste mês.
"É improvável que o ouro se recupere agressivamente até que o mercado tenha motivos para acreditar que os aumentos planejados das taxas do Fed não precisarão ser ajustados ainda mais e seguindo as opiniões de que uma recessão pode ser evitada", analistas da Zaner escreveram nesta quinta-feira.
*Com informações da Dow Jones Newswires