O ouro fechou em baixa marginal nesta quinta-feira, 13, revertendo quase todas as perdas que sucederam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro dos EUA, que veio acima do esperado. Commodities metálicas ganharam tração à medida que diversos ativos, incluindo o dólar, mudaram de direção em resposta imediata ao CPI americano.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,03%, a US$ 1.677,00 por onça-troy.
O ouro conseguiu se sustentar perto do valor de fechamento da sessão passada em meio a uma brusca virada nos mercados globais, em especial entre ações e moedas - esta última, mais relevante para o metal precioso, já que o enfraquecimento do dólar tende a melhorar a atratividade de commodities cotadas na divisa americana.
Para o Credit Suisse (SIX:CSGN), preocupações por recessão ou estagflação são outro fator que tem dado suporte ao ouro. De acordo com o banco, considerando os atuais níveis do DXY e de juros de títulos públicos atrelados à inflação dos EUA (TIPS), o ouro deveria ser precificado em torno de US$ 1.395,00 por onça-troy, por volta de 16% abaixo do valor atual.
O valor atual do contrato do ouro, portanto, "sugere que o metal está sendo apoiado por preocupações por uma desaceleração econômica e/ou risco geopolítico", completa o Credit Suisse.