Investing.com – O ouro permaneceu estável perto do nível mais baixo em mais de quatro meses hoje, antes da aguardada declaração de política do Banco Central dos EUA (Fed), que deve ser divulgada no final do dia.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em abril, recuaram 10 centavos, ou 0,01%, sendo negociados a US$ 1.148,10 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã. Os preços ficaram em uma faixa entre U$1.144,90 e $1.152,00.
Um dia antes, o outro caiu para US$ 1.141,60, um nível não visto desde 7 de novembro, antes de ser negociado em US$ 1.148,20, uma queda de US$ 5,00, ou 0,43%.
Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.130,40, a baixa de 7 de novembro, e resistência em US$ 1.159,30, a alta de 17 de março.
O Fed deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia a projeção econômica e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
A maioria dos participantes do mercado acredita que o Fed vai retirar a palavra “paciência” da sua orientação, abrindo caminho para uma alta de juros em junho.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve participar de uma coletiva de imprensa de 30 minutos, após a divulgação da declaração, para mais indicações sobre quando o banco central vai começar a aumentar as taxas.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, ficou em 100,08, reaproximando-se da recente alta de 12 anos de 100,77.
Enquanto isso, os futuros de prata com vencimento em maio caíram 7,8 centavos, ou 0,5%, sendo negociados a US$ 15,50 por onça-troy. Na terça-feira, a prata caiu 3,9 centavos, ou 0,25%, para US$ 15,57.
Na Comex, o cobre com vencimento em maio caiu 5,1 centavos, ou 1,94%, sendo negociado em uma baixa de três semanas de US$ 2,582 por libra, uma vez que preocupações crescentes com o setor imobiliário da China diminuíram o apetite pelo metal vermelho.
O Departamento Nacional de Estatísticas informou em um relatório no início do dia que os preços dos imóveis na China caíram em 66 das 70 cidades, monitoradas pelo governo em fevereiro em relação ao mês anterior.
Os preços de imóveis residenciais novos caíram 5,7% no mês passado, após uma queda de 5,1% em janeiro.
Um setor imobiliário mais ameno não só pesa sobre a demanda de cobre como também sobre a do material de construção, além de reduzir o consumo do setor de eletrodomésticos.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.