Investing.com - Preços do ouro caem nesta terça-feira, com o dólar voltando a ficar próximo da máxima de 14 anos frente a uma carteira das moedas mais importantes e os mercados voltando sua atenção para a possibilidade de mais aumentos dos juros pelos EUA no ano que vem.
Os contratos futuros do ouro com vencimento em fevereiro no departamento de comércio exterior da Bolsa de Valores de Nova Iorque apresentaram perda de US$ 7,95, ou 0,7%, cotados a US$ 1.134,75 por onça troy, às 6h25, no horário de Brasília, após avanço de US$ 5,30, ou 0,47%, no pregão anterior.
Os preços do metal amarelo despencaram para US$ 1.124,30 na última semana, nível inédito desde 2 de fevereiro.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada do mercado das seis principais moedas, apresentou alta de 0,25%, a 103,32, no início do dia, chegando próximo da máxima de 103,55 atingida na última semana.
O fortalecimento do dólar americano prejudica o ouro, já que diminui a atratividade do metal como ativo alternativo e encarece as commodities para os detentores de outras moedas.
Observações otimistas sobre o mercado de trabalho americano feitas pela presidente do Fed, Janet Yellen, aumentaram as probabilidades de mais aumentos das taxas de juros no próximo ano.
Em seu discurso na cerimônia de formatura da turma do meio do ano na Universidade de Baltimore nesta segunda-feira, Yellen afirmou que os recentes avanços da economia criaram um dos mais fortes cenários do mercado de trabalho para os graduandos.
O discurso aconteceu apenas alguns dias após o banco central dos EUA aumentar as taxas de juros pela primeira vez no ano e projetar três outros aumentos em 2017, uma estimativa maior do que a de dois aumentos projetada em setembro.
Os analistas do mercado alertaram que as perspectivas para o ouro continuam incertas no curto prazo, dadas as expectativas de maiores taxas de juros nos EUA nos meses que estão por vir.
O metal precioso é sensível aos movimentos da taxa de juros dos EUA, o que aumenta o custo de oportunidade de se manter ativos sem rendimentos em carteira, como os metais preciosos, ao mesmo tempo em que impulsiona o dólar que o precifica.
Ainda no departamento de Comércio Exterior, os contratos futuros da prata com vencimento em março caíram US$ 0,19, ou 1,16%, operando a US$ 15,90 por onça troy, durante a manhã de Londres, após queda para US$ 15,83 mais cedo, o menor nível desde 11 de abril.
Enquanto isso, a platina registrou queda de 0,2%, a US$ 915,50 e o paládio recuou 1,44%, a US$ 668,92 por onça.
Ainda no mercado de metais, os contratos futuros do cobre caíram US$ 0,007, ou 0,3%, sendo negociados a US$ 2,492 a libra.