Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comunicou a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) nesta quarta-feira que projetos de interesse da bancada terão andamento natural na Casa, mas se comprometeu, por outro lado, a pedir que presidentes das comissões em que as medidas tramitam conversem com os respectivos relatores e avaliem sua deliberação.
O senador, que se reuniu com integrantes da FPA nesta quarta, defendeu a busca de um meio termo entre o a questão econômica e a preservação do meio ambiente. Pacheco também lembrou que o país precisa cuidar de sua imagem internacional.
"Da parte do Senado não haverá açodamento, atropelo. Até porque é importante o desenvolvimento, mas é importante também a preservação ambiental", disse o presidente da Casa a jornalistas.
"E o grande desafio é se buscar um ponto comum de equilíbrio entre esses dois conceitos, esse dois valores, que não se excluem e na verdade se complementam", afirmou.
Ao expor essa posição a integrantes da frente, Pacheco reconheceu, no entanto, a necessidade de apreciação de projetos como os que tratam da regularização ambiental, do licenciamento ambiental e de defensivos agrícolas --esse último também chamado de "PL do veneno" por flexibilizar o uso de agrotóxicos.
Ao reafirmar que tais medidas terão as "cadências necessárias" nas comissões de mérito, informou que os presidentes de cada uma irão deliberar com relatores para avaliar a possibilidade de votação. Acrescentou que "uma vez votados nas comissões, nós então avaliaremos a pauta do Senado".
"Nós sabemos o que a comunidade internacional hoje pensa a respeito do nosso país. Nós temos que desconstruir alguns conceitos, ter firmeza com relação a alguns pontos de preservação ambiental, sobretudo no combate ao desmatamento ilegal", avaliou Pacheco.