RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) informou nesta sexta-feira que elevará os preços do diesel em 0,4 por cento a partir de sábado nas refinarias, na oitava alta consecutiva desde o dia 20 de dezembro.
Com isso, o valor do diesel praticado pela petroleira estatal registra um aumento de cerca de 20 por cento desde uma revisão de sua política de preços, em meados do ano, que passou a prever reajustes quase que diários para os combustíveis.
Os repasses dos reajustes realizados pela Petrobras nas refinarias para as bombas dependem das estratégias e do comportamento de distribuidoras de combustíveis e dos postos.
Apesar dos consecutivos reajustes, os valores do diesel vendido nos postos recuaram 0,27 por cento na semana de 17 a 23 de dezembro, na comparação com o período anterior, para uma média nacional de 3,318 reais por litro, segundo pesquisa da reguladora ANP.
O comportamento dos preços nos postos desta semana deverá ser atualizado nesta sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
A Petrobras anunciou também nesta sexta-feira uma alta de 1,9 por cento para o preço da gasolina nas refinarias a partir de 30 de dezembro, em sua segunda alta consecutiva.
O aumento acumulado do preço da gasolina praticado pela Petrobras desde a nova sistemática de formação de preços é de cerca de 22 por cento, de acordo com a série de reajustes informada pela estatal.
Nos postos, segundo a última pesquisa da ANP, o preço médio da gasolina no Brasil voltou a renovar uma máxima recorde nominal na semana de 17 a 23 de dezembro, registrando a sétima alta semanal consecutiva. O valor apurado pela ANP foi de 4,089 reais por litro, ante 4,053 reais na semana anterior.
Apesar das altas dos preços, as vendas de combustíveis no Brasil no acumulado do ano até novembro cresceram 0,6 por cento, caminhando para registrar uma pequena elevação em 2017 em meio à recuperação da atividade econômica, após dois anos de queda no consumo.
A política de preços da Petrobras busca realizar reajustes frequentes para acompanhar as cotações externas e, ao mesmo tempo, ajudar a companhia a retomar mercado perdido para concorrentes que importam os combustíveis.
(Por Marta Nogueira)