Investing.com - Os futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, mas o sentimento do mercado permanece negativo com o receio de que uma alta na produção dos EUA, Nigéria e Líbia possa ofuscar o acordo da Opep e grandes exportadores de cortar a oferta.
Em Nova York, os contratos futuros para entrega em agosto avançaram US$ 0,17 para fechar a US$ 40,40 o barril, enquanto, em Londres, o Brent subiu US$ 0,37 para encerrar o dia a US$ 46,93 o barril.
A commodity fechou no positivo apesar de análises do mercado apontarem que uma produção maior fora da Opep manteria a sobreoferta.
“A única verdade é que a Opep e a Rússia têm que lidar com o fato de que tem mais produção no resto do mundo diluindo os esforços de reduzir oferta”, disse o BNP Paribas (PA:BNPP), que reduziu sua projeção para preços.
O banco passou a prever média de US$ 49/barril no WTI em 2017, corte de US$ 8 em relação à previsão anterior, e Brent de US$ 51/barril, redução de US$ 9/barril.
Em maio, a Opep e grandes exportadores estenderam por nove meses o acordo de redução de 1,8 milhão de barris na oferta global.
Até o momento, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e à maior na produção de shale oil nos EUA.
A comissão que monitora o pacto não discutirá a possibilidade de cortes adicionais em sua reunião em 24 de junho, afirmou o secretário-geral da OPEP em comentários realizados à agência de notícias Interfax da Rússia no domingo, mas poderá impor limites à Líbia e Nigéria.