Investing.com - O petróleo fechou em forte alta nesta terça-feira com os investidores otimistas em relação ao plano da Arábia Saudita de cortar as exportações em agosto e a renovação do compromisso da Opep de aumentar o cumprimento do acordo de redução da sobreoferta global.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em agosto avançou 3,3% para fechar a US$ 47,89 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou 2,9% e encerrou a sessão acima dos US$ 50 o barril.
Ontem, em encontro de ministros de países exportadores de petróleo em São Petersburgo, na Rússia, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse que o reino limitaria as exportações em 6,6 milhões de barris/dia, quase 1 milhão de barris/dia a menos do que no ano passado.
O ministro disse ainda que o acordo para redução da sobreoferta global deverá se estender além de março de 2018, mas que qualquer alteração deverá englobar países que hoje estão isentos de cortes.
A taxa de cumprimento do acordo da Opep caiu para 78% em junho, segundo a Agência Internacional de Energia, menor nível desde o início em janeiro.
O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que outros 200 mil barris/dia poderiam ser retirados do mercado se o cumprimento do acordo fosse de 100%.
Apesar do resultado levemente positivo da reunião, a Opep ainda precisa trabalhar para reduzir o excesso de produção, o que levaria a uma redução dos estoques globais para o nível médio dos últimos cinco anos, que é a meta do acordo firmado entre os grandes exportadores em novembro do ano passado e renovado em maio.
O cartel informou que os estoques globais das nações industrializadas caíram 90 milhões de barris no primeiro semestre do ano, mas ainda estão 250 milhões acima da média dos últimos cinco anos.
O rali dos preços do petróleo vem logo antes de dados de estoque dos EUA. Hoje à noite, o grupo privado API deverá mostrar seus números e a expectativa é de que os estoques tenham caído pela quarta semana consecutiva.
Amanhã, é a vez dos dados oficiais revelados pela agência de energia dos EUA e o mercado projeta queda de 2,6 milhões de barris na semana passada.