Investing.com - Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira, uma vez que uma greve de trabalhadores da indústria petrolífera do Kuwait cortou o nível de produção do país e os mercados continuaram oscilando devido à falta de um acordo entre os principais produtores de petróleo sobre o congelamento da produção para apoiar os preços.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em junho subiu 22 centavos, ou 0,53%, e foi negociado a US$ 41,42 por barril, às 08h17min. GMT.
O Brent de referência mundial subiu 32 centavos, ou 0,75%, para US$ 43,23 na bolsa ICE Futures Europe.
A greve nacional no Kuwait viu a produção do país cair em mais de 50% no domingo.
Mas as autoridades do Kuwait disseram que produção voltaria aos níveis normais apesar da greve, uma vez que a empresa petrolífera estatal colocou mais instalações de produção de volta na linha.
Os observadores do mercado esperam que a interrupção seja breve e que as preocupações com o excesso de oferta mundial continuem após os principais produtores não terem chegado a um acordo sobre um congelamento da produção nas negociações em Doha, no domingo.
As negociações entre membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo terminaram sem um acordo sobre um congelamento da produção, destinado a controlar a produção em excesso e a apoiar os preços.
As negociações entraram em colapso após a Arábia Saudita ter exigido que o Irã, membro da OPEP, também aderisse ao acordo para limitar a produção.
O Irã disse que não vai participar de um congelamento da produção até que seus níveis voltem para onde estavam antes das sanções internacionais impostas devido ao seu programa nuclear.
O Irã voltou aos mercados internacionais de petróleo recentemente após as sanções terem sido suspensas em janeiro e o país deseja recuperar a quota de mercado.
Os preços do petróleo saíram das baixas de janeiro desde quando o congelamento foi proposto pela primeira vez em fevereiro, em meio ao otimismo de que um acordo ajudaria a aliviar a escassez do abastecimento mundial que tem visto os preços recuarem das máximas de US$ 115 alcançadas em meados de 2014.
Mas os analistas alertaram que o congelamento da produção perto dos níveis atuais não deverá reduzir o excesso de oferta.