Investing.com - O petróleo avançou pelo oitavo pregão consecutivo embalado pela queda na atividade de exploração dos EUA, a primeira desde de janeiro.
Em Nova York, o contrato futuro para entrega em agosto subiu US$ 1,11, para fechar a US$ 46,06 o barril, enquanto o Brent, em Londres, avançou US$ 0,53 e encerrou o dia negociado a US$ 48,60 o barril.
A prestadora de serviços Baker Hughes divulgou hoje em seu relatório semanal a queda no número de sondas de perfuração em atividade nos EUA, encerrando uma longa sequência de avanços que persistia desde janeiro. Ao todo, 756 unidades estavam contratadas na semana passada, duas a menos do que em relatório anterior.
Esse dado é um importante sinal da produção de médio dos EUA, pois uma maior atividade de perfuração e completação de poços indica um aumento da oferta futura.
O fim da longa sequência que mostra o aquecimento nas atividades de exploração ocorre na mesma semana que a agência de Energia dos EUA mostrou queda na produção interna. Apesar de não terem relação direta, pois o impacto da exploração demora meses para se confirmar em oferta de petróleo, o sinal para o mercado é que a recente queda do barril para próximo dos US$ 40 pode ser o piso para as empresas que operam no shale norte-americano.
O cenário mais amplo, contudo, permanece igual com a sobreoferta global, que persiste há três anos, apesar dos esforços da Opep de cortar a produção em 1,8 milhão de barris em novembro do ano passado, acordo que foi renovado até março de 2018.
Essa perspectiva de manutenção do excesso de petróleo pressiona os preços do barril, o que levou consultorias a apontar que a commodity pode retornar em breve para a casa de US$ 30 por barril.