Investing.com — O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,11%, em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa de mercado era de uma retração de 0,03%, rondando a estabilidade. Assim, no acumulado em doze meses, o indicador caiu de 4,71% para 4,50%.
“Apesar do IPCA-15 baixo, os fortes avanços na média dos núcleos e na difusão, além da abertura ruim, com acelerações significativas nas medidas subjacentes de inflação, mostram uma situação inflacionária desafiadora”, destaca Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Segundo o instituto, oito de nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram neste mês, principalmente alimentação e bebidas, com aumento de 1,06%, também o maior impacto no indicador. A alimentação no domicílio subiu 1,10%, puxada pela disparada no tomate, que avançou 17,12%, e café, com alta de 7,07%.
O grupo transportes apresentou elevação de 1,01%, segunda maior alta, com destaque para as passagens aéreas, com valorização de preços de 10,25%. Enquanto isso, a habitação caiu 3,43%, com queda de 15,46% na energia elétrica residencial em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu.
“O hiato do produto positivo e a desvalorização cambial recente devem seguir pressionando a inflação no curto prazo”, entende Leonardo Costa, economista do ASA, que revisou a projeção do IPCA de 2025 de 5,5% para 6,0% após a leitura da prévia.