NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram 4 por cento nesta quinta-feira, com o Brent tocando uma máxima de 16 meses, ampliando ganhos após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia fecharem acordo para restringir a produção e reduzir a oferta global com maior rapidez.
Na quarta-feira, a Opep fechou seu primeiro acordo interno de limitação de bombeamento desde 2008, com seu membro mais importante, a Arábia Saudita, aceitando "um grande impacto" e abrindo mão de exigir que o rival Irã também corte produção.
O acordo também incluiu a primeira ação coordenada com a Rússia em 15 anos.
Ainda assim, dúvidas pairavam sobre o mercado a respeito do acordo.
"Ainda precisamos ver qual será adesão ao plano, mas se a Opep não tivesse chegado a um acordo, provavelmente os preços do petróleo teriam caído para 40 dólares por barril, talvez até menos", disse o analista-chefe da consultoria Wood Mackenzie, Simon Flowers.
O Brent fechou com alta de 4,1 por cento, ou 2,10 dólares, a 53,94 dólares. Mais cedo na sessão a cotação chegou a subir 5,2 por cento, para 54,53 dólares, maior valor desde 27 de julho de 2015.
O petróleo norte-americano fechou a sessão a 51,06 dólares, com alta de 1,62 dólar, ou 3,3 por cento. Na máxima do dia, a 51,80 dólares, estava apenas 0,13 dólar abaixo da máxima de 2016.
(Por Devika Krishna Kumar)