Investing.com - A cotação do petróleo caiu nesta terça-feira em seu quarto pregão consecutivo em baixa nos Estados Unidos. A commodity fechou no país a US$ 48,49 o barril o menor patamar desde 23 de maio, queda de 0,8%. O Brent desvalorizou 1,2% e encerrou o dia a US$ 49,83 o barril.
O petróleo cedeu em um dia de grande pessimismo no mercado internacional provocado pelas incertezas em relação à permanência do Reino Unido na União Europeia. Ontem o The Sun, principal tabloibe britânico, declarou apoio à saída do país do bloco, em meio a pesquisas que apontam que o apoio à essa opção está mais forte entre a população. A votação sobre o caso será no próximo dia 23.
Os investidores também adotaram posições mais cautelosas na expectativa da divulgação da ata da reunião do Fed, marcada para amanhã no final do dia. O documento poderá trazer mais pistas sobre quando o banco poderá elevar os juros nos EUA, em meio a apostas do mercado para que o aperto da política monetária ocorra em julho ou em setembro.
Em relatório divulgado nesta terça-feira (14/6), a agência de energia dos EUA estima uma queda de 118 mil barris/dia na produção a partir do shale em julho.
Nas duas últimas semanas, o número de sondas de perfuração em atividade aumentou, segundo levantamento da Baker Hughes, interrompendo sequência de 11 baixas. O número de 328 unidades em operação, apesar de ser baixo comparado às 1,6 mil sondas ativas no fim de 2014, pode indicar uma reversão da tendência de queda. Investidores temem que com o barril no patamar de US$ 50 possa estimular a retomada da exploração do shale norte-americano, o que levaria a um aumento da sobreoferta nos próximos meses.
A demanda de petróleo mundial, segundo a Agência Internacional de Energia, foi revisada para 1,3 milhão de barris/dia frente à previsão anterior de 1,2 milhão de barris/dia. O maior consumo será puxado pela China e Índia.
Para o próximo ano, a agência prevê aumento da demanda em 1,3 milhão de barris/dia para um total de 97,4 milhões de barris/dia.