Investing.com - O petróleo se encaminha para um novo dia de queda nesta terça-feira (5/1) com as preocupações sobre o enfraquecimento da economia chinesa, o que poderá aumentar a sobreoferta já projetada para os próximos anos.
Às 16h37, o barril da commodity para entrega em fevereiro estava sendo negociado a US$ 35,97, baixa de 2,15%, enquanto o Brent caia 2%, aos US$ 35,48.
A indústria chinesa recuou pelo 10º mês seguido provocando forte queda nas ações em Xangai, seguida de nova desvalorização do iuan. O Banco Central do país interviu com a injeção de US$ 20 bilhões para reanimar o mercado.
A tendência de queda do petróleo se mantém mesmo com a elevação da tensão diplomática entre os dois grandes produtores e membros da Opep, Irã e Arábia Saudita. Os países romperam relações e têm aumentado a retórica agressiva após a execução do clérigo xiita Nimr al-Nimr no país árabe, duramente criticada pelo Irã.
Na sequência, com violentos protestos em Teerã com danos à embaixada saudita, países aliados ao reino – Kuwait, Emirados Árabes Unidos – também anunciaram reduzirem suas relações com o Irã.
A cotação do óleo tem perdido valor desde o fim de novembro, quando a reunião da Opep decidiu manter os níveis de produção atuais. A queda tem sido reforçada com a manutenção da produção norte-americana, associada a grandes estoques no país.
A Arábia Saudita é o maior produtor da Opep e o Irã, o quinto. O país persa deverá aumentar sua exportação de óleo neste ano, com o fim das sanções econômicas que abalaram sua economia.