Investing.com - Preços do petróleo caíam nas negociações desta quinta-feira na América do Norte após a Agência Internacional de Energia afirmar que a conformidade da OPEP com os cortes na produção caiu em junho para o menor nível em seis meses, sustentando preocupações com uma sobreoferta global.
A conformidade da OPEP com os cortes caiu de 95% em maio para 78% no último mês, de acordo com o relatório mensal do mercado da Agência Internacional de Energia, divulgado mais cedo, já que vários membros produziram mais petróleo do que o permitido no pacto de abastecimento.
Em maio, a OPEP e alguns produtores externos à organização estenderam o corte de 1,8 milhão de barris por dia no abastecimento até março de 2018.
Até o momento, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
O contrato com vencimento em agosto do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$45,42 o barril às 09h35 (horário de Brasília), queda de US$ 0,08 ou de cerca de 0,2% após ter chegado a recuar 1% para US$ 44,99 mais cedo.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em agosto na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 0,14 e o barril era negociado a US$ 47,60.
O petróleo fechou em alta na quarta-feira após dados do governo dos EUA confirmarem uma forte redução nos estoques domésticos de petróleo bruto pela segunda semana seguida. No entanto, os preços não fecharam nos melhores níveis da sessão pois a crescente produção norte-americana sustentava preocupações com a sobreoferta.
Dados da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) mostraram que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 7,6 milhões de barris na semana encerrada em 7 de julho. Há apoio adicional recorrente da redução dos estoques de gasolina dos EUA.
Contudo, a produção doméstica de petróleo teve aumento de 59.000 barris por dia, totalizando 9,397 milhões de barris por dia na semana passada, de acordo com números da EIA.
Preços do petróleo estão sob pressão nas últimas semanas devido a preocupações com a crescente produção de shale oil nos EUA, que pode neutralizar os cortes na produção de membros da OPEP e países externos à organização.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em agosto recuavam US$ 0,002 para US$ 1,515 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em agosto perdiam US$ 0,003 e eram negociados por US$ 1,470 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em agosto caíam US$ 0,024 para US$ 2,961 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previsto para o final do dia.